Um projeto da Diretoria de Saúde tem levado assistência a mulheres grávidas em diferentes bairros de Piedade aos fins de semana. O “Gestação Assistida” tem como objetivos a continuação da redução da mortalidade infantil, o estímulo do aleitamento materno, a orientação sobre processos da gravidez, trabalho de parto e necessidade de pré-natal, bem como esclarecimentos sobre os benefícios do parto normal.
O projeto é voltado, principalmente, para mulheres com gravidez de alto risco e adolescentes grávidas. Desde que começou a funcionar, no fim do ano passado, ao menos 12 já foram atendidas. Uma delas já teve o bebê, que nasceu saudável.
Aos sábados e domingos, dois profissionais percorrem um roteiro estabelecido por uma planilha, com dados sobre gestantes obtidos com setores de ginecologia e a obstetrícia do município. A equipe atende na casa da pessoa cadastrada, confere a pressão arterial, nível de glicemia, entre outros exames importantes. Além disso, verifica se ela tem feito o acompanhamento pré-natal e, o mais importante, realiza uma profunda orientação sobre a gravidez como um todo.
“O parto normal e a amamentação materna exclusiva até os seis meses são duas preocupações fundamentais”, diz Fernanda de Camargo e Lima Fernandes, técnica de enfermagem da Diretoria de Saúde. Como é possível conferir no quadro anexo, há uma série de benefícios do leite para própria mãe, para o bebê e até para a economia familiar. Sobre o parto natural, que é o mais indicado para a saúde da mulher, a equipe simula todo o procedimento com bonecos, com a participação da futura mãe.
Durante as visitas, os profissionais procuram desmistificar superstições que podem até causar doenças, ferimento e até a morte do recém nascido, como colocar moeda ou fumo no umbigo, para cicatrizar o corte do cordão umbilical.
Segundo os profissionais à frente do projeto, um detalhe importante é que as gestantes são visitadas em diferentes fases da gravidez, recebendo informações sobre as transformações ocorridas neste período. “O projeto é uma ferramenta que irá nos ajudar a diminuir a mortalidade infantil e estimular o aleitamento materno”, diz Marly Rodrigues Raymundo, Diretora de Saúde do Município.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, cinco mortes de recém nascidos foram registradas em 2013, 11 a menos que no ano anterior. Em 2012, o índice de mortes foi 22,3% em relação ao total de nascimentos. Este número caiu para 8,6% no ano passado. De dezembro de 2013 até os primeiros oito dias de janeiro, não houve óbito.