Nós, responsáveis pela administração pública da nossa cidade, esclarecemos que não somos e nunca seremos contra o aumento salarial dos nossos servidores, tanto que já enviamos à Câmara Municipal, para análise e possível aprovação, um Projeto de Lei autorizando o aumento de 5% ao funcionalismo público. Respeitamos o trabalho de cada um e reconhecemos o valor dos seus esforços, porém, os princípios básicos da Administração Pública Municipal não se pauta apenas na folha de pagamento, e sim, com responsabilidade em disponibilizar à população piedadense os serviços básicos como saúde, educação, assistência social, conservação de estradas vicinais, entre outros.
Não podemos, de uma forma populista, sem comprometimento com a coisa pública e sacrificando por consequência à sociedade, deixar de repassar parte dos recursos na ordem de aproximadamente 9 milhões à Santa Casa, 4 milhões às conservações de estradas, 17 milhões à Saúde Pública, 26 milhões à Educação, 3 milhões ao Social, em detrimento à folha de pagamento, o que torna inviável a proposta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais reivindicando 8,82% no reajuste salarial e 10% no ticket alimentação.
Ressaltamos, ainda, que devido à crise econômica e política do país, os municípios brasileiros estão passando por sérias dificuldades, uma vez que a falta de repasse de recursos financeiros da União e do Estado tem exigido que as prefeituras administrem o dinheiro público com eficiência e zelo.
A atual gestão, como já dito em outros momentos, sempre se pautará dentro dos princípios da responsabilidade fiscal e respeito com o erário. Não irá assumir reivindicação que não enseje segurança orçamentária para a sua concessão. Vivemos numa época de arrocho de toda ordem, onde a sagrada manutenção do emprego conquistado e a certeza no recebimento de seu salário deixaram de ser somente uma garantia constitucional, mas principalmente um desafio do administrador em se organizar nesse sentido. Prefeituras da região têm enfrentado descalabros financeiros, dispensa de pessoal e tantas outras situações que geram impacto social. Piedade, por sua vez, luta para dar o melhor dentro de suas responsáveis possibilidades e não assumirá o que não pode cumprir.
Um governo responsável não se sub-julga aos impulsos que, a médio prazo, inviabilizará a sua administração.